INÍCIO REFLEXÕES PALESTRAS CONTATOS

quarta-feira, 25 de março de 2020

Viver com autenticidade!

As mentiras mais devastadoras, não são as que contamos, mas as que vivemos! Vivemos uma mentira quando distorcemos a realidade da nossa experiência ou a verdade do nosso ser. Estou vivendo uma mentira quando: finjo um amor que não sinto; quando finjo uma indiferença que não sinto; quando me mostro mais do que sou; quando digo que estou zangado, mas na verdade estou com medo. Finjo estar desamparado, mas na verdade estou manipulando; quando nego e escondo minha alegria de viver, quando finjo uma cegueira que repele minha consciência; quando finjo um conhecimento que não possuo; quando dou rizada e quero chorar; quando fico muito tempo com pessoas de quem não gosto; quando me apresento como a encarnação de valores que não aprovo nem aceito; quando sou delicado com todo mundo menos com aqueles a quem digo amar. Quando finjo ter crenças sobre as quais não tenho convicção, só para ser aceito; quando finjo modéstias; quando finjo arrogância; quando deixo meu silêncio concordar com convicções que não são minhas; quando digo admirar certo tipo de pessoa enquanto durmo com outras!

Olha meu irmão, uma boa auto-estima exige coerência, o eu interior precisa estar de acordo com o eu manifesto no mundo! Se distorço minha realidade pessoal, faço isso para enganar os outros. Faço isso porque sinto que eu mesmo não sou aceitável. Valorizo mais a ilusão na cabeça dos outros. Como consequência, meu castigo é atravessar a vida com a atormentada sensação de que sou impostor. Que me condeno à ansiedade de esperar pelo momento em que serei desmascarado! Rejeito a mim mesmo nas mentiras que vivo, quando falsifico a verdade de quem realmente sou. Sinto-me rejeitado pelos outros, quando o problema está em mim e não nos outros.

A honestidade consiste em respeitar a diferença entre o real e o irreal - e não tentar conquistar valores alterando a realidade nem atingir metas fingindo que a verdade é diferente do que é. Posso afirmar com muita convicção: quando vivemos de maneira ilegítima, somos sempre a primeira vítima, pois a fraude, no fim, se dirige a nós mesmos! As mentiras comuns da vida cotidiana também são prejudiciais à nossa auto-estima! 

Quando contamos mentiras, a mensagem que transmitimos a nós mesmos é a de que a verdade é sempre vergonhosa, ou mais do que vergonhosa. Esse é o nível óbvio da desonestidade! Assim agindo, somos obrigados a considerar a desonestidade em um nível mais profundo, em que ela se encontra tão intimamente ligada à sobrevivência que abrir mão dela costuma ser um desafio muito maior! Gostaria de deixa bem claro que viver de forma autêntica não significa dizer compulsivamente a verdade. Revelar todos os pensamentos, sentimentos ou atitudes. Precisamos reconhecer que a maioria das pessoas, foi condicionada a ficar confusa diante do que é viver de modo autêntico!

Nenhum comentário:

Postar um comentário