INÍCIO REFLEXÕES PALESTRAS CONTATOS

terça-feira, 24 de março de 2020

Responsável - não quer dizer depositário de culpa, de censura!

Quando finalmente me permiti assumir total responsabilidade por minha vida, comecei a vencer, comecei a mudar. Sabe o que aconteceu de bom? Minha auto-estima melhorou e muito... Essa atitude me levou as seguintes percepções: sou responsável por minhas escolhas e meus atos. Pelo nível de disciplina e consciência que aplico ao meu trabalho, como escritor. Pelo cuidado e a falta de cuidado com que trato o meu corpo. Sou responsável pelos relacionamentos que mantenho com os amigos e familiares. Pela maneira como trato as outras pessoas. Pelo significado que atribuo, ou deixo de atribuir, à minha existência. Pela minha felicidade. Pela minha vida - em termos materiais, emocionais, intelectuais e espirituais.

Responsável - não quer dizer ser um depositário de culpa ou de censuras, mais agir como o principal causador em sua vida e seu compromisso. Esse é um ponto muito importante. Não concordo com a pretensiosa noção de que sou responsável por todos os aspectos da minha vida e por tudo o que me acontece. Temos controle sobre algumas coisas, mas não sobre tudo! Se me considerar responsável por assuntos que estão além do meu controle, colocarei em risco a minha auto-estima, inevitavelmente, deixarei de satisfazer minhas próprias expectativas.

Preciso saber a diferença entre o que depende e o que não depende de mim. Preciso também estar ciente de que sou responsável por minhas atitudes e meus atos em relação às coisas sobre as quais não tenho controle, como o comportamento dos outros! Negar a auto-responsabilidade é agir como vítima de nossa própria vida. Ficamos desamparados. Damos poderes a todos, menos a nós mesmos. Quando estamos frustrado, procuramos jogar a culpa em alguém - os outros são culpados por nossa infelicidade. A valorização da auto-responsabilidade pode ser uma experiência estimulante e fortalecedora, que recoloca nossa vida em nossas próprias mãos.

Se eu desistisse de culpar as pessoas pela minha infelicidade, teria de enfrentar a minha passividade; teria de encarar o fato de que teria desistindo da minha alternativa de fazer alguma coisa além de sofrer. Reconheceria que nada vai melhorar a não ser que eu mude! Enquanto eu puder culpar os outros, nunca terei de crescer, me desenvolver, fazer com que as pessoas sintam pena de mim, poderei fazer com que minha família se sinta culpada por minha vida, poderei me sentir horrível, poderei ser uma vítima, terei uma desculpa para tudo; não assumirei a responsabilidade por minha própria vida. Isso tudo não constrói absolutamente nada.

Impressionar meus amigos e familiares com minha compaixão e gentileza, teria que admitir que ninguém pode viver sua vida pelos outros. Teria de pensar o que realmente eu quero na minha vida! Quero dar esse exemplo: posso ser muito ativo e responsável no trabalho e muito passivo em casa com a família. Posso ser muito responsável quanto ao dinheiro e passivo quanto desenvolvimento intelectual, na escolha dos amigos, pela saúde, pelo trabalho bem feito, pela maneira de tratar as pessoas, enfim, sua felicidade! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário