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segunda-feira, 13 de abril de 2020

A vida é pisada, machucada e sufocada, no mundo de hoje!

A violência entrou no cotidiano de nossa vida e está espalhada no mundo inteiro. A vida é pisada, machucada e sufocada. Mata-se com a maior facilidade e sem escrúpulos. Mata-se de vez ou aos poucos, pela indiferença, pela humilhação e pela marginalização. Daí o medo que se alastra. Ele controla nossas emoções e nossos sentimentos, comanda nosso tempo e nossas relações interpessoais e sociais. O outro tornou-se uma ameaça, um perigo, um inimigo. É preciso armar-se e defender-se. Erguem-se muros de defesa por todos os lados! 

A tendência é cada um procurar seu espaço de segurança, de apoio, de convivência, normalmente entre um grupo de amigos, e só. Os outros, o resto, não contam, não existem. Moramos no mesmo bairro, nas mesma rua, no mesmo prédio e não nos conhecemos; nos ignoramos! A crise acontece quando aquilo que vínhamos fazendo não nos importa mais como antes, não nos satisfaz mais. É a perda do sentido. É o escuro na estrada da vida. Um momento crítico, que pode nos renovar, nos refazer ou nos destruir. 

Hoje muitas pessoas estão acordando e percebendo a perversidade que domina o mundo inteiro. Em vez de resolver problemas, tornou-se uma fábrica de excluídos, marginalizados, de miseráveis, de ódio, raiva, rancor, e de extrema violência. Muita gente parou de sonhar e lutar por um mundo novo, diferente, mais limpo e muito mais limpo e justo. De tanto amargar derrotas, sonhos bonitos se foram, como bolhas de sabão. Viraram pura fantasia. Tornou-se cada vez mais difícil sonhar juntos.

Não adianta sonhar, porque ninguém vai mudar essa sociedade. O negócio agora é cada um se virar para sobreviver e gozar o dia a dia. Não quero mais saber de luta. Já me decepcionei muito. Basta! Chega!, desabafam outros. E assim a vida fica amarrada. O que vale agora é satisfazer os prazeres imediatos, saber competir e ganhar. Vive-se sem um grande projeto de vida. Há menos criatividade e mais repetitividade no dia a dia. Parecemos mais galinhas incapazes de levantar voo do que águias voando alto. 

Será que nós também hoje não precisamos rever ou redefinir o sentido de nossa vida, de nossas opções e decisões. A busca do sentido verdadeiro da vida é o maior anseio-desafio para qualquer pessoa. Nunca esqueça disso: a maior tragédia é a perda do sentido da vida, o que deixa em pedaços o mais íntimo de nosso ser. Não se vive sem um sentido! Dar um sentido é dar um rumo à nossa vida. A vida pode ser vivida de várias maneiras. O desafio é: qual o sentido mais autêntico que quero dar à minha vida? Não se trata de fugir dos problemas, mas de como ser sujeito histórico hoje!

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