INÍCIO REFLEXÕES PALESTRAS CONTATOS

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A mentira danifica a liberdade das pessoas!

Várias mensagens chegaram para que eu falasse sobre "mentiras". Primeiro, é uma palavra que não se deve tecer comentários. Não deve fazer parte de nenhum dicionário. A experiência em relação a ela é frustrante, decepcionante. Desequilibra qualquer ser humano. Tira-o do sério, manipula sua consciência, destrói qualquer laço de amizade, porque se perde a confiança. Não é bom conviver no meio ou por meio de uma mentira! Você perde o senso do equilíbrio. Turva sua imagem. Arranha qualquer sentimento de gratidão, de generosidade, de afeição. 

A mentira destrói a liberdade e a dignidade das nossas vítimas porque é sempre manipuladora. Mentindo para alguém, retiramos a sua capacidade de fazer escolhas, de tomar decisões e de formar uma opinião com base em informações exatas. Isso significa que estamos tratando as pessoas com desprezo. Com desconfiança. Com insensatez. 

A mentira danifica a liberdade das pessoas que se envolvem com ela, porque rapidamente se enredam na teia de seu próprio engano e manipulação. Afirmo com muita convicção: nenhum ser humano tem memória boa para torná-lo um mentiroso bem-sucedido! Os mentirosos continuam cavando mais fundo ao mentir cada vez mais, na tentativa de cobrir as falsidades anteriores. 

A mentira destrói a confiança. Às vezes é possível enganar as pessoas, mas geralmente não por muito tempo. Ninguém confia num mentiroso. E ninguém é mais desconfiado que um mentiroso! A desconfiança e a suspeita aumentam exponencialmente quando se descobre uma mentira. E aí é extremamente difícil reverter a situação. 

A mentira prejudica o senso de valor próprio do mentiroso. Mesmo que seja possível enganar outras pessoas por algum tempo, é muito mais difícil lograr a nós mesmos. Posso trapacear com alguém, mas causo um grave dano a mim mesmo, porque sei que sou falso e hipócrita!

A mentira destrói nossa relação com Deus! Essa pode ser  a menor preocupação de alguém que se esforça para sair de uma enrascada. Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida"! Sua vida toda foi uma revelação da verdade. Essa era a missão de Sua vida. Ele veio como testemunha da verdade! Temos que levar avante essa tarefa. Cada um de nós, seres viventes!

As mentiras mais devastadoras não são as que contamos, mas as que vivemos, convivemos. Vivemos uma mentira quando distorcemos a realidade da nossa experiência ou a verdade de nosso ser. Estou vivendo uma mentira quando finjo um amor que não sinto; quando finjo uma indiferença que não sinto; quando digo que estou zangado, mas na verdade estou com medo; quando nego e escondo minha alegria de viver. 

Quando finjo uma cegueira que repele minha consciência; quando finjo um conhecimento que não possuo; quando dou rizadas e quero chorar; quando fico muito tempo com pessoas que não gosto; quando me apresento como a encarnação de valores que não aprovo e não aceito; quando sou delicado com todo mundo menos com aqueles a quem digo amar.

Quando finjo ter crenças sobre as quais não tenho convicção, só para ser aceito; quando finjo modéstia; quando finjo arrogância; quando deixo meu silêncio concordar com convicções que não são minhas; quando digo admirar certo tipo de pessoa enquanto durmo com outra. Se distorço minha realidade pessoal, faço isso para enganar as pessoas. Faço isso porque sinto, ou acredito, que eu mesmo não sou aceitável. 

Pense nisso: o eu interior precisa estar de acordo com o eu manifesto no mundo! Valorizo mais a ilusão na cabeça dos outros do que meu próprio entendimento da verdade. Como consequência, meu castigo é atravessar a vida com a atormentada sensação de que sou um impostor. Isso significa, entre outras coisas, que me condeno à ansiedade de esperar pelo momento em que serei desmascarado!

Primeiro, rejeito a mim mesmo. Isso significa e está implícito nas mentiras que vivo, quando falsifico a verdade de quem eu sou verdadeiramente. Depois sinto-me rejeitado pelos outros ou procuro possíveis sinais de rejeição, que logo encontro. Imagino que o problema está entre mim e os outros. Não percebo que o que mais temo nas pessoas já fiz a mim mesmo. 

As pessoas sinceras apreciam a sinceridade daqueles com quem se comunicam. Aqueles que se sentem prazer com suas próprias alegrias sentem prazer com as alegrias dos outros. Os seres humanos orientados para o crescimento  tendem a apoiar as mesmas aspirações nos outros. Os relacionamentos ajustados se caracterizam por uma dose de benevolência, respeito e dignidade. São pessoas que vivem de maneira saudáveis. E como não têm medo de ser quem são - de viver com autenticidade - às vezes despertam a inveja e a hostilidade dos que são mais presos às convenções.  

Ao examinar sua caminhada neste mundo, viver é um processo de ações, e cada valor descoberto, requer ações contínuas para apoiá-la e mantê-la. Você não pode se alimentar, nem sustentar uma situação, apenas com palavras. É preciso tomar decisões e agir. Quando nossas relações humanas são dignas, sem mentiras, enganações, frustrações e desapontamentos, elas se tornam prazerosas - e quando nós manifestamos dignidade, gostamos mais de nós mesmos! Pense nisso!!! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário